Um microscópio de origami … como é possível? A equipe de pesquisadores liderados pelo indiano Manu Prakash desenvolveu um microscópio minimalista, barato, portátil e útil! A ideia surgiu da necessidade de levar exames diagnósticos a comunidades carentes em lugares distantes da África e Índia, mas agora em prática, também terá grande utilidade para levar a ciência à palma da mão e permitir que cada aluno na escola tenha o seu próprio microscópio de origami.
Manu Prakash, indiano e professor bioengenharia da Universidade de Stanford, apresentou seu projeto inovador no TED em 2012 e desde então vem ganhando projeção à sua ideia: foi apresentado na Feira de Criadores da Casa Branca e publicado recentemente no PlosONE.
O Foldscope tem 3 camadas montadas com papel moldado – iluminação, ótica e montagem da amostra. Além dos componentes feitos como origami, o Foldscope tem lentes, um LED, uma bateria e um interruptor. Pensando menos que 10g e menos que 50 centavos de dólar, tem um poder magnificação de 2000x, cabe na palma da mão com tamanho de 7 x 2 cm e resiste uma queda de 3 andares.
Atualmente em teste em vários países da África, o Foldscope já foi testado em laboratório e consegue identificar diversos agentes causadores de doenças tropicais que afetam países subdesenvolvidos. Com um microscópio barato, acessível e de fácil uso, o Foldscope tem o objetivo de ajudar a diagnosticar mais precocemente essas doenças a locais sem acesso a medicina diagnóstica de ponta. No artigo publicado no PlosONE, o microscópio de origami permitiu a identificação de Giardia lamblia (A), Leishmania donovani (B), Trypanosoma cruzi (C), dentre outros.